Uma luz no fim da estrada?

11 de agosto de 2019 Off Por capitaldosvales

Nada como luzes para chamar a atenção e ofuscar dois anos e meio de falta de soluções para problemas antigos e promessas não cumpridas.
Com todo respeito a todos que aprovaram a iniciativa da prefeitura em iluminar um trecho da estrada de acesso para o pico da Ibituruna, mas eu discordo. Não se trata de discordar para fazer oposição. Nada contra os que foram beneficiados com esta iluminação, a pessoa do prefeito, ou de ninguém que faz parte de seu governo, mas precisamos enxergar a realidade. Eu vivo e vejo uma Governador Valadares que continua convivendo com problemas de décadas, e que ainda estão por serem resolvidos. Ainda que eu não seja um especialista, acho que pensar em dar novos passos, novos projetos, acreditando no potencial turístico de nossa cidade, sem resolver definitivamente o que está nos amarrando ao atraso, será mais um tiro no escuro.

No caso desta iluminação, nenhum projeto para visitação noturna na Ibituruna foi apresentado, apenas iniciaram e dizem que se trata de uma ação com este intuito, e, é só uma questão de tempo para que a nova empreitada se junte a outras tantas, também iniciadas e não concluídas, e a lista é grande. Afinal, a infraestrutura lá em cima já é boa o suficiente para quem sobe a montanha à luz do dia? Eu não me arrisco a dizer, mas aqui em baixo, no centro da cidade, um cadeirante ainda não tem acesso ao andar de cima da rodoviária, que aguarda pelo menos uma revitalização para recebermos de forma menos vergonhosa, os nossos visitantes. O transporte público que também tem que ser de boa qualidade, ainda é um calo no sapato do Valadarense. O aeroporto continua uma promessa. E falando de turismo, a Açucareira, que também é nosso patrimônio, teve projeto e as obras começaram em 2012, desde então, nenhuma previsão para término das obras. O Teatro Atiaia ao que tudo indica, só vai reabrir as portas, se for através de parcerias com a iniciativa privada. Não conseguem verba para as obras.

Quanto ao incremento da visitação noturna na Ibituruna, fora os casais de jovens e outros aventureiros, ficará por conta de amigos e familiares de quem mora por lá, que agora com certeza irão com mais frequência passar para um bate papo e uma xícara de café.

Cartunista Santo