Tanqueiros terão assembleia para tratar alta do diesel e sinalizam greve

Transportadores de combustíveis estão parados perto da Regap, em Betim — Foto: Ronaldo Silveira / O Tempo Betim

Tanqueiros terão assembleia para tratar alta do diesel e sinalizam greve

11 de maio de 2022 Off Por capitaldosvales

Tanqueiros de Minas Gerais vão realizar uma assembleia nesta sexta-feira (13) para definir qual será o posicionamento da categoria frente ao reajuste no óleo diesel de 8,9%. Mas a tendência é de uma paralisação em todo o setor de transporte de combustíveis.

A informação é do presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes. A mudança de preço foi feita pela Petrobras na última segunda-feira e elevou o valor do combustível nas bombas em torno de R$0,36.

“A paralisação está para ocorrer nacionalmente. É uma realidade. O transportador hoje não está tendo condições de abastecer o óleo diesel. Está sendo desesperador para o tanqueiro, para o caminhoneiro autônomo, empresários, distribuídoras”, disse Irani.

O sindicalista afirmou que além da assembleia marcada, também há conversas com o governo federal para pressionar contra a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras, além do pedido de redução da alíquota do ICMS estadual sobre o diesel.

Os tanqueiros desejam um índice de 12%, contra os 15% tributados pelo governo de Minas. Outra linha de atuação é junto às distribuidoras para reajuste das tabelas de frete. 

“Caso o governo não se mover, distribuidora não se mover, Petrobras não se mover, e nós entendemos que os três têm que se mover, nós iremos paralisar nossas atividades”, sinalizou Irani Gomes.

Ele ainda afirmou que a mudança no Ministério de Minas e Energia, feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), não resolve os problemas de precificação dos combustíveis. O então ministro, o almirante Bento Albuquerque, foi exonerado na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (11).

Para o cargo, Bolsonaro nomeou o economista Adolfo Sachsida, que deixou a chefia da Assessoria Especial do Ministério da Economia. “Não acreditamos em mudança nenhuma. Enquanto a Petrobras não se posicionar acerca da PPI, se não mudar a PPI, nós não acreditamos que o combustível venha reduzir”, criticou.