Empresas de GV enfrentam escassez de mão de obra

Mesmo com o desemprego em alta, empresas têm encontrado dificuldades em contratar pessoal.

Conseguir trabalhadores se tornou tarefa árdua em Governador Valadares. Em plena crise de emprego, seria óbvio imaginar que apareceria uma legião de interessados para cada vaga aberta. Contudo, não é isso que acontece. Na contramão do desemprego, empregadores enfrentam grande dificuldade de contratar trabalhadores, mesmo com a crise agravada pela pandemia.

Algumas das áreas com grande oferta e pouca demanda são balconistas, vendedores, operadores de caixa, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos em enfermagem, técnico em segurança do trabalho e coordenador de cuidados. Ou seja, as vagas de emprego abrangem cargos que exigem escolaridade variada, indo do ensino médio completo à formação em curso superior. Mesmo oferecendo bons salários e condições de crescimento, as empresas parecem não atrair candidatos, travando verdadeiras disputas para conseguirem a mão-de-obra necessária.

Um bom exemplo desse cenário é o que acontece no Hospital Bom Samaritano (HBS), mantido pela Beneficência Social Bom Samaritano (BSBS). A instituição não consegue preencher vagas de Enfermeiro, Fisioterapia, Técnico em Segurança do Trabalho e Técnico em Enfermagem. Para Vitor de Souza Felipe, supervisor de gestão com Pessoas e coordenador do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), hoje o HBS enfrenta falta de mão de obra principalmente pelo perfil dos profissionais. “Falo sobre a ligação com a missão, visão e valores do hospital, além das competências analisadas para a vaga”, analisa.

Outro local que enfrenta o mesmo desafio é a Associação Santa Luzia. A instituição ficou quatro meses sem conseguir contratar um enfermeiro para atuar na função de Responsável Técnico (RT). A contratação aconteceu na tarde de terça-feira, 26 de outubro. Mesmo assim, a psicóloga da associação, Alessandra Coelho, disse que contratar profissionais de todas as áreas tem sido um sofrimento. “Cheguei a pensar que essa dificuldade era pontual, porque a Associação é uma entidade sem fins lucrativos. Porém, eu faço parte de grupos envolvendo profissionais de Recursos Humanos de empresas privadas e pude constatar que a dificuldade é geral. Chamamos 30 pessoas para um processo seletivo, apenas cinco aparecem para entrevista. As pessoas querem emprego, querem carteira assinada, mas não querem trabalhar de fato. Conseguem o emprego, mas são irresponsáveis, faltam sem justificativa, não se dedicam, chegam atrasados…”, explica.

Além desses dois locais, a rede de farmácias Indiana também está enfrentando dificuldades para a contratação de profissionais. Por estarem em processo de expansão, eles precisam de muitos balconistas, vendedores, operadores de caixa e farmacêuticos, hoje a rede conta com mais de 30 vagas em Valadares, mas não consegue preenchê-las por falta de candidatos qualificados.

Novo paradigma

Outro ponto que precisa ser avaliado sobre a falta de profissionais para o exercício das profissões e funções tradicionais são os novos tempos. Muitos profissionais estão migrando para oportunidades que permitam trabalhar em Home Office.

Além disso, Governador Valadares enfrenta o problema da imigração para os Estados Unidos. O número voltou a crescer com o controle da Pandemia e o agravamento da crise econômica. A Rede BBC publicou recentemente que número de brasileiros cruzando fronteira do México para os EUA aumentou oito vezes em um ano, batendo recorde histórico no ano fiscal de 2021 (que vai de 1º de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021). Ao todo, foram 56.881 detidos, um aumento de 700% em relação ao mesmo período de 2020.

Reflexo do cenário nacional

O cenário de 2022 tende a piorar. Segundo pesquisa divulgada nesta semana pelo portal de notícias “Exame.com”, o próximo ano será marcado pela dificuldade de atração e de retenção de trabalhadores. O levantamento foi feito pela consultoria Robert Half mostrando que a maior parte dos recrutadores (69%) acredita que encontrar colaboradores qualificados será mais difícil e o chamado “anywhere office” virou realidade.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, mesmo após a crise agravada pela pandemia, o Brasil não deve registrar uma taxa de desemprego inferior a 10%, o que significa que aproximadamente 10 milhões de pessoas seguirão desocupadas. Caso você queria sair dessa situação, veja abaixo como se inscrever e quais são os requisitos exigidos em cada vaga ofertada:

HOSPITAL BOM SAMARITANO

Enfermeiro: Certificado de conclusão de curso superior; registro profissional no COREN.

Fisioterapia: Certificado de conclusão de curso superior; registro profissional no CREFITO.

Técnico em Segurança do Trabalho: Certificado de conclusão de curso de Técnico em Segurança do Trabalho; registro profissional no Ministério do Trabalho.

Técnico em Enfermagem: Certificado de conclusão de curso de Técnico em Enfermagem; registro profissional no COREN.

Currículos: www.hospitalsamaritano.org.br, na aba “Trabalhe Conosco”.

INDIANA

Farmacêutico: Ensino Superior completo em Farmácia; Experiência como farmacêutico; Noções de Legislação Sanitária e Procedimentos Operacionais; Trabalho em equipe e comunicação; Negociação e Comunicação. Desejável: Curso em Libras. Vaga extensiva a pessoas com deficiência. Enviar currículo para curriculos@farmaciaindiana.far.br, com o assunto: Farmacêutico.

Balconista: Ensino médio completo; Experiência em vendas e dispensação de medicamentos; Conhecimento em linhas de produção; Agilidade e negociação; Comunicação; Atenção concentrada; Foco no cliente. Desejável: Curso em Libras. Vaga extensiva a pessoas com deficiência. Enviar currículo para curriculos@farmaciaindiana.far.br, com o assunto: Balconista.

Vendedora: Ensino Médio Completo; Agilidade; Experiência em vendas; Relacionamento interpessoal; Comunicação; Foco no cliente; Negociação. Desejável: Curso em Libras. Vaga extensiva a pessoas com deficiência. Envie o seu currículo para

curriculos@farmaciaindiana.far.br, com o assunto: Vendedora GV.

Operador de Caixa: Ensino Médio Completo; Experiência na função Operador de Caixa;

Agilidade; Atendimento ao cliente; Proatividade e dinamismo; Trabalho em equipe; Comunicação e Atenção Concentrada; Disponibilidade de horário. Desejável: Curso em Libras. Vaga extensiva a pessoas com deficiência. Envie o seu currículo para curriculos@farmaciaindiana.far.br, com o assunto: Operador de Caixa GV.