CPI da Barragem vai a São Joaquim de Bicas e a Brumadinho nesta segunda (1º)
29 de março de 2019 Off Por capitaldosvalesA Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai, na próxima segunda-feira (1º/4/19), aos municípios de São Joaquim de Bicas e de Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte) apurar os impactos do rompimento da barragem da Vale, ocorrido em 25 de janeiro, na aldeia Naô Xohã. Pela manhã, os deputados visitarão o local, habitado por 25 famílias da etnia Pataxó Hã-hã-hãe em Bicas.
A visita está prevista para 9h30, mas a comitiva vai se reunir às 9 horas na prefeitura da cidade (Avenida José Gabriel, nº 340 – Bairro Teresa Cristina). Às 14 horas, os deputados realizarão audiência pública na Câmara de Brumadinho (Rua José Rodrigues da Silva, 95 – São Conrado). A finalidade é debater os danos da tragédia na cidade e para os indígenas.
A lama da barragem chegou à aldeia Naô Xohã um dia após o rompimento. Contaminou toda a água do Rio Paraopeba, provocando a morte de peixes e inviabilizando seu uso. O rio é a única fonte de água dos indígenas, que o utiliza para pesca, banho, regar plantações e outros usos.
Solicitaram a visita e a audiência pública, o presidente da CPI, Gustavo Valadares (PSDB); o relator, André Quintão (PT); o primeiro signatário do pedido de instauração da comissão, Sargento Rodrigues (PTB); a deputada Beatriz Cerqueira (PT) e os deputados Inácio Franco (PV), Cássio Soares (PSD), Noraldino Júnior (PSC); Bartô (Novo), Celinho Sintrocel (PCdoB) e Sávio Souza Cruz (MDB).
De acordo com André Quintão, é preciso ter um plano de reparação, publicizado, que de fato permita que as famílias e as comunidades atingidas possam reconstruir suas vidas com dignidade. “A Assembleia vai contribuir com sugestões e fiscalizar o cumprimento das medidas. Vamos a São Joaquim de Bicas e a Brumadinho ouvir a população sobre os procedimentos para reparação, além de apurar as causas do desastre”, disse.
Convidados – Foram convidados para participar da audiência pública prefeitos de 38 cidades atingidas pelos rejeitos despejados no rompimento e dez confirmaram a presença. Também é aguardado o ex-superintendente do Ibama, Júlio Cesar Dutra Grillo, e representantes de movimentos sociais ligados a atingidos por barragem ou problemas ligados à água.