Alunos e professores protestam em Governador Valadares

15 de maio de 2019 Off Por capitaldosvales

Estudantes e professores do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realizam um ato contra o bloqueio de verbas na educação na manhã desta quarta-feira (15), em Governador Valadares. Representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) e outros movimentos também participam da manifestação que é contra as medidas anunciadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que determinam bloqueio de 24,8% na verba das universidades e institutos federais.

Segundo a organização, mil pessoas participaram do ato. A concentração começou na Praça do Emigrante, no Centro, e eles saíram em passeata de pelas ruas da cidade. O ponto final do protesto aconteceu na Praça dos Pioneiros, também no Centro.

Kênia Brant é professora do IFMG e afirma que a ação do governo federal compromete a educação como um todo. “Esse corte de recursos vai afetar diretamente a sala de aula, porque nós vamos precisar também dos insumos que nos mantém em sala de aula, como energia, papel, alimentação para os alunos, que é de recurso da extensão. Com esse corte, não vemos como tudo isso vai se manter. E a administração do nosso campus já nos alertou em reunião que, se mantiver o corte de 30%, não tem como pagar as contas físicas (água, luz), nem manter os servidores terceirizados que nos ajudam na limpeza e manutenção do campus”.

O diretor do Sind-UTE, Waender Soares, acredita que o governo deveria aumentar os recursos da educação, não o contrário. “Eu sou professor, estou dentro da sala de aula, a gente sabe que para a escola funcionar tem que ter recurso e esses cortes vão atingir todas as escolas. Até o xerox para elaborar a prova para um aluno pode ficar comprometido, podemos voltar a aquele tempo em que a gente tinha que ficar recolhendo dez centavos de alunos pra tirar cópias. Os recursos já são escassos, tem é que aumentar os investimentos na educação. Isso acontece porque o governo o vê a educação como gasto, não como investimento”.